Guerra das Duas Rosas



 Guerra civil pela conquista do trono inglês, travada entre 1453 e 1485. Nela se enfrentaram a casa real de Lancaster, cujo brasão tem uma rosa vermelha, e a de York, que traz no seu uma rosa branca. Tem como origem a disputa entre senhores feudais ingleses para compensar a perda de seus territórios na França na Guerra dos Cem Anos.

 Durante 30 anos, a Coroa britânica alterna-se entre as duas casas, o que provoca um enfraquecimento da nobreza. O conflito começa quando Ricardo, duque de York, o maior senhor feudal inglês e aspirante ao trono, aprisiona Henrique VI, rei da Inglaterra e membro da família Lancaster. Os York são derrotados em 1460 na Batalha de Wakefiel. Um ano depois, Eduardo IV, também da casa de York, toma o trono dos Lancaster na Batalha de Towton, mas acaba traído pela nobreza e é obrigado a devolvê-lo a Henrique VI. O rei é morto em 1471 na Batalha de Barnet, juntamente com outros membros da casa real de Lancaster. Dois anos mais tarde morre também Eduardo IV, e o trono é usurpado pelo irmão Ricardo III, que manda estrangular os sobrinhos, primeiros na linha de sucessão. A guerra termina em 1485, quando Henrique Tudor derrota Ricardo III na Batalha de Bosworth. O novo rei unifica as duas alas da nobreza: é genro de Eduardo IV, da casa de York, e ligado aos Lancaster por parte de mãe. O Parlamento, que tinha como principal base de sustentação uma nobreza feudal dizimada e arruinada, é esvaziado. Henrique Tudor sobe ao trono da Inglaterra com o nome de Henrique VII e restaura a autoridade real, iniciando a dinastia Tudor (1485-1603), que implanta o absolutismo na Inglaterra.

Fonte
Texto: Almanaque Abril

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Santa Inquisição: Métodos de tortura

Primeira Guerra Mundial: A face da guerra