Juscelino Kubitschek: 50 anos em 5

 Desde o suicídio de Getúlio, o mais popular presidente brasileiro, em 1954, o país vivia uma crise política. A comoção que se seguiu após a morte de Vargas não esfriou as ambições de seus opositores, mas os impediu de chegar ao poder pelas urnas. Em 1955, o povo escolheu Juscelino Kubitschek.
 Nascido em Diamantina/MG, ex-telegrafista, dono de uma carreira política meteórica. Em 1934 foi eleito deutado federal, nomedo prefeito de Belo Horizonte em 1940, deputado constituinte em 1946 e em 1950 e governador de Minas Gerais. 

PLANO DE METAS
 Chegando a presidência da república JK prometia fazer o Brasil saltar meio século, o slogan da campanha 50 anos em 5 tornou-se lema do governo. Para cumprir esta promessa ele apostava tudo no Plano de Metas, uma lista com 30 prioridades nas áreas de energia, industrialização. transporte, educação e alimentação. Diferente do que Juscelino dizia, o Plano de Metas não foi feito em uma banheira na casa de um dos cunhados, na verdade o documento foi preparado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE - atual BNDES). Em resumo o Plano de Metas queria que o Brasil deixasse de ser exportador de máteria-prima para os outros países e desenvolve-se aqui um enorme e poderoso parque industrial.
 O Plano de Metas ainda tinha um aliado externo, no período pós-guerra, a economia crescia como nunca, principalmente a norte-americana. Além disso o governo estadunidense via os invesimentos no Brasil uma forma de combater a ameaça comunista, o resultado de todo esse investimento foi as indústrias estrageiras que chegavam no Brasil e os 2 bilhões de dólares que chegou no Brasil entre 1955 e 1961. 

A ECONOMIA DE KUBITSCHEK
 A economia no governo de Juscelino colecionava recordes, entre 1957 e 1961 o PIB cresceu 7% ao ano um crescimento três vezes maior que toda a America Latina, no Produto Nacional Bruto (PNB) o país cresceu 7,9% contra os 5,9% anterior além disso a nossa frota cresceu 360% em dez anos. Mas nem tudo era um mar de rosas, as Diretrizes do Plano de Desenvolvimento (base do futuro Plano de Metas) tinham três pontos básicos: Plano de desenvolvimento da indústria nacional, programa de estabilização da economia e por fim uma estabilização monetaria e reforma cambial. Juscelino foi muito frio em relação ao plano de estabilização monetária  e a reforma cambial.
 O presidente rejeitou um disciplinamento orçamentário durante quase dois anos, a falta de planejamento fazia com que o governo gastasse mais do que arrecadava, o defict público equivalente a 1% do PIB quadruplicou em 1957. Em 1958 a divida externa explodiu e a inflação passou de 19% a 30% ao ano. Em 1959 Juscelino rompeu com o Fundo Monetário Internacional o que lherendeu um pouco de popularidade, mas já era tarde, nas cidades os trabalhadores tiveram seus salários diminuídos pela inflação, no campo os pequenos proprietários se viam sem financiamento e havia uma pressão pela reforma agrária. Toda essa insatisfação alimentou a impressa oposicionista.

A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
Um trabalhador caminha entre o Congresso Nacional e o Palácio da Alvorada durante a construção de Brasília.

 O coroamento de toda a sua ideólogia do trabalho e prosperidade se deu com a contrução de Brasília, onde o presidente pôs a erguer no meio do nada a nova capital. Com a construção de Brasília JK pretendia povoar aquela região, pessoas de todo o país foram contratadas para construir a nova capital. As obras começaram em novembro de 1956 e em 21 de abril de 1960 Brasília foi inaugurada.
 A nova capital custou cerca de um bilhão de dólares, esse alto custo se deu devido a falta de rovias e linhas de trem para levar o material.

FIM DO GOVERNO KUBITSCHEK
 Diante da oposição JK chegava no fim do seu mandato em 1960 sem fazer o seu ministro de guerra, General Henrique Teixeira Lott, seu sucessor. O presidente que havia produzido um onda de entusiasmo coletivo acabava seu mandato amargando uma derrota, mas Kubitschek não desistia, ele queria se lançar nas eleições de 1965. Acreditava que Jânio Quadros provocaria um arrocho econômico e fazera com que o povo sentisse saudades do que perdia. Mas sabemos que esse 1965 nunca chegou.

Fontes
Texto: Aventuras na História, InfoEscola

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