A Praieira: Uma Nova Rebelião em Pernambuco

 A Praieira: Uma Nova Rebelião em Pernambuco  



 Em 1817, a Família Real apavorada, assistiu aquela província se declarar uma Republica e quase se separar da colônia. Sete anos mais tarde (1824) a Confederação do Equador colocaria Pernambuco novamente em pauta das províncias problemáticas. Naquela mesma província, uma nova rebelião iria ameaçar o Estado Monárquico Brasileiro. Isso porque entre as manifestações proclamadas pelos rebeldes, algumas contrariavam o pensamento dominante do governo. 
 A extinção do Poder Moderador, o voto livre e universal, nacionalização do comercio, eram algumas exigências publicadas no "Manifesto ao Mundo" escrito pelo jornalista Antônio Borges da Fonseca. 

Monopólio da Riqueza 
 O que motivaria a publicação daquele manifesto era a realidade em que a província se encontrava naqueles primeiros anos do governo de Dom Pedro II. O poder e a riqueza da província estavam concentrados nas mãos de poucas famílias da região. Desta maneira era fácil obter poder e controlar politicamente a província. Mas, também era de se supor que essa realidade provocava insatisfações no seio da maioria da população e, como foi o caso, também entre algumas famílias pertences a elite local. Um grupo dessa elite resolveu se unir, criar um partido politico e expressar suas opiniões no jornal Diário Novo. 

As ideias vindas de longe 
 Como a sede do jornal se localizava na Rua da Praia, esse grupo ficou conhecido como praieiros. Alguns de seus principais lideres, como o jornalista Borges da Fonseca pregavam ideais reformistas muito próximas das ideias utópicas defendida por Charles Fourier e Robert Owen. Essas ideias desembarcaram no Brasil por meio de homens como Vauthier. O militar Pedro Ivo comandou uma guarnição de cinco mil homens que não foram capazes de resistir ao avanço das tropas federais, que aos poucos foi impondo derrotas ate a prisão desse comandante e de outros lideres que foram jugados e condenados a prisão perpetua.  

Quando as aparências enganam 
 Ultima das revoltas do Império, a Praieira não trouxe vitorias consideráveis, mas semeou ideais e vontades de mudanças. Apos o fim desse movimento, uma parente tranquilidade parecia consagrar a vontade das forças politicas que se alojaram no poder. Livre de incômodos das sucessivas revoltas que abalaram o governo  dos políticos regentes, parecia que a tranquilidade daria o tom dali em diante. Nada mais desejável para quem pretendia governar com o Poder Moderador em uma das mãos e na outra, com as sementes de café, com que esperavam controlar aquela economia que, teimosamente, insistia em se manter agroexportadora. 

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