Expansão Marítima

EXPANSÃO MARÍTIMA
 Na crise do mundo feudal atingiu em cheio a burguesia. Os primeiros problemas ocorreram quando a produção agrícola não conseguiu mais sustentar a economia urbana. Nesse contexto o comercio de especiarias e outros produtos ao longo do Mediterrâneo compensou essa dificuldade e possibilitou a burguesia ampliar as suas atividades comerciais. Em 1453 a tomada de Constantinopla pelos turcos, marcou o início da Idade Moderna, mas também o início das Grandes Navegações. A partir do século XV as regiões produtoras e consumidoras por meio das Grandes Navegações.
 A descoberta de novos continentes, surgiu um mercado mundial ligando a Europa, África, Ásia e América. Se hoje vivemos de forma individualista, com comercio e comunicação, regidos pelo lucro, pelos avanços da ciência e pela exploração do trabalho muitos desses aspectos surgiram durante as Grandes Navegações. 


EXPANSÃO PORTUGUESA
Saiba os motivos que explicam o pioneirismo português:
CENTRALIZAÇÃO DO PODER: A formação dos estados nacionais, representou um pré-requisito para a empreiteira marítima dos países europeus, considerando que apenas o estado centralizado poderia agenciar recursos, mobilizar tripulações, armar navios e fornecer apoio logístico.
EXISTÊNCIA DA BURGUESIA: Em Portugal havia, já no inicio do século XIV, uma burguesia bastante forte, nacional e estrangeira, interessada na expansão marítima e comercial.


LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA FAVORÁVEL: Localizado no sudoeste da Península Ibérica e banhado pelo Oceano Atlântico, Portugal tinha fácil acesso ao continente africano.
AUSÊNCIA DE GUERRAS: No século XV, Portugal era um país sem guerras, enquanto a Espanha ainda lutava pela expulsão, enquanto França e Inglaterra estavam na Guerra de Cem Anos. Esses conflitos contribuíram para atrasar a entrada desses países nas Grandes Navegações.
CRISE AGRÍCOLA: O solo português não era dos mais favoráveis a agricultura, onde o trabalho no comercio marítimo absorvia a mão de obra.
CONHECIMENTOS TÉCNICOS: O avanço técnico do Renascimento e a longa experiência náutica dos portugueses contribuíram para o aprimoramento da navegação e dos instrumentos da navegação e de orientação.
MERCANTILISMO: O rei desejava fortalecer a nação para aumentar seus poderes, por sua vez a burguesia queria aumentar seus lucros. Assim, o estado português deu todo apoio a expansão marítima, levantando o capital necessário junto a burguesia organizando e equipando frotas de navios, bem como recrutando frotas.
PREGAÇÃO DA FÉ CRISTÃ E ESPÍRITO CRUZADISTA: É inegável a importância da influencia religiosa e de sua justificativa da conquista para converter povos não cristãos do mundo.
AMBIÇÃO MATERIAL: Nobres e burgueses envolvidos na expansão eram movidos, pela ambição de valer mais, que significava ter mais e ser mais, ou seja enriquecer e projetar-se socialmente
.

OBJETIVOS DE PORTUGAL
O objetivo principal de Portugal em sua expansão era descobrir novas rotas para o Oriente e atender, aos interesses das diversas classes envolvidas:
BURGUESES: Buscando ampliar seus lucros no comércio com novos mercados.
NOBRES: Interessados em ampliar seu poder pela conquista de terras.
CLERO: Desejo de expandir a fé cristã.
MONARCA: Sempre em busca de recursos para fortalecer o estado nacional e sua autoridade política.

Navegando pela costa do continente africano, os portugueses estabeleceram postos comerciais, pelo litoral onde realizavam um lucrativo comércio que tinha como objetivo explorar as riquezas da região até seu esgotamento.

CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO: Além da fornecer a Europa quantidade enorme de metais preciosos, de novas materiais primas, de força trabalhadora passível de escravização, a América, além de outras regiões, significaram a formação de novos mercados consumidores. O processo também afetou profundamente os hábitos alimentares da Europa. Além de açúcar, tabaco e cacau, alimentos como batata e o milho, originários da América, tiveram a produção difundida na
Europa. A cultura europeia espalhou-se por todo o mundo, alterando valores, comportamentos e crenças.
Os europeus aproveitaram o maior conhecimento técnico da pólvora e das armas de fogo para conquistar, dominar e destruir. Contradições internas das civilizações e comunidades certamente facilitaram a conquista da América. Isso não impede entretanto de afirmar: Nunca na historia da humanidade tantas vidas foram sacrificadas em nome do lucro, da fé e do poder como no episodio da conquista das Américas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Santa Inquisição: Métodos de tortura

II Guerra Mundial

Guerra das Duas Rosas