1964 - O golpe militar



 O mundo vivia a Guerra Fria, conflitos entre duas nações, a União Soviética e os Estados Unidos. Dessa forma, o mundo inteiro estava dividido entre essas nações, o Brasil adotou uma posição de neutralidade.

Imagem: Folha Diferenciada
 Em janeiro de 1959, Cuba tornou-se socialista e aliado dos soviéticos, por meio de uma revolução encabeçada por Fidel Castro, Ernesto Che Guevara e Camilo Cientuegos. O sucesso da revolução foi um golpe na política externa dos Estados Unidos, em pleno auge da Guerra Fria um país que se localizava a poucos quilômetros da Flórida, era um país socialista dentro da área de influência capitalista. Depois que os socialistas tomaram o poder em Cuba, os Estados Unidos decidiram adotar uma política mais agressiva em relação à América Latina. Na opinião do então presidente americano J. Kennedy para onde o Brasil fosse iria toda a América do Sul. Com a perda de Cuba os norte americanos não permitiriam outro governo de esquerda e socialista no Hemisfério Ocidental.

O GOLPE APROXIMAVA-SE
 O grande golpe militar brasileiro já estava tomando forma logo em 1961 quando Jânio Quadros renunciou misteriosamente a presidência e passou a o poder para o vice presidente João Goulart (mais conhecido como Jângo). Quando foi questionado sobre o motivo de sua saída Jânio apenas citou "Forças ocultas me forçaram a isso". Os militares e o setor cívil não simpatizavam com Jângo pois o consideravam muito a esquerda e ligado aos sindicatos operários. Com isso, a solução encontrada pelo congresso foi instaurar o sistema parlamentarista, que limitou os poderes do presidente. Havia uma crença que o presidente João Goulart estava levando o Brasil para a esquerda, se aliando ao Bloco Socialista, esta crença foi alimentada pela CIA que injetou milhões de dólares no Brasil em propagandas anti Goulart. A mídia da época chegou até a divulgar uma notícia de que supostas armas de Cuba haviam sido encontradas em território brasileiro.


 No dia 13 de março de 1964 ocorre o Comício da Central do Brasil no Rio de Janeiro, onde João Goulart deixou bem claro seus planos quanto as reformas de base. Todas com o objetivo de incorporar as massas trabalhadoras na economia e política nacional. O Comício da Central do Brasil foi o estopim para para o golpe dos opositores que não concordavam com a ideia de reformas. As bandeiras vermelhas que pediam a legalização do Partido Comunista Brasileiro e as faixas que pediam reformas agrárias foram vistas pelo país inteiro, causando desagrado em boa parte da população. Dias depois, os conservadores revidaram com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, organizada por setores da Igreja Católica, das elites empresariais e das classes médias paulistas. Após o fim da Marcha, o Brasil inteiro estava em alerta e com apoio da população brasileira a tomada do poder pelos militares aproximava-se. Os EUA ofereceram total apoio ao golpe militar enviando porta aviões para o Sul do país e lançado a Operação Brother Sam garantindo uma rápida invasão, caso os militares que apoiavam João Goulart resistissem ao golpe.

 "Declaro vaga a presidência da república" foram com essas palavras que Auro Moura Andrade, o então presidente do Congresso, depôs o presidente João Goulart. No final de março de 1964 os militares juntamente com seus tanques e jipes tomaram São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Quando foi avisado que os militares haviam tomado grandes cidades do Brasil, João Goulart não teve outra alternativa a não ser fugir do país. 

Imagem: Religião é Veneno
 No dia 1 de Abril de 1964, o general Humberto de Alencar Castelo Branco assumiu a presidência do Brasil, começava a ditadura militar brasileira.

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